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06 agosto 2006

O Príncipe - Maquiavel

Come se vive a come se dovrebbe vivere.

Não poderia estar realizando uma leitura mais apropriada para este momento. Porque como se vive é muito diferente do que como se deveria viver de fato. Compreendo agora porque o estereótipo "maquiavélico". De maquiavélico ele não tem nada. Como comentou Pierre Manent, "Maquiavel seria o artífice da moralização da necessidade". O babaca neste livro para mim é Napoleão Bonaparte que, no bom popular, "se acha" ao comentar os conselhos de Maquiavel.

Descobrindo aos pouco que o mundo não é plano, deixo aqui alguns trechos da leitura. Ainda estou por terminar, mas uma coisa é certa: é impressionante como ao ver Maquiavel dar conselhos aos príncipes acredito que ele mais alertava o povo.

"(...) quem não prepara os alicerces do poder antes de alcança-lo com valor pode fazê-lo depois, embora isso represente um grande esforço para o arquiteto, e perigo para o edifício."



"(...) não pode haver boas leis onde não há bons soldados, devendo haver boas leis quando os soldados são bons (...)"



"De fato, o modo como vivemos é tão diferente daquele como deveríamos viver, que quem despreza o que se faz e se atém ao que deveria ser feito, aprenderá a maneira de se arruinar, e não a defender-se. Quem quiser praticar sempre a bondade em tudo que faz está fadado a sofrer, entre tantos que não são bons."



"Estará perdido o príncipe que tiver confiado inteiramente nas suas palavras, sem tomar outras cautelas, porque a amizade conquistada pelo dinheiro, e não pela grandeza e nobreza de espírito, não é segura - não se pode contar com ela. Os homens tem menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se faz temer, pois o amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando deixam de ser necessários, já que os homens são egoístas; mas o temor é mantido pelo medo do castigo, que nunca falha."



Leitura super recomendada. Abstraindo as leis de Murphy que me regeram esta semana.

05 agosto 2006

Do It

É difícil ser você...
É difícil ser você numa semana do cão de trabalho.

Como se nada faltasse, (afinal nada está tão ruim que não possa piorar) batem duas vezes no fundo do meu carro, dois dias consecutivos, duas noites, no mesmo horário apenas em locais distintos. Na primeira não teve nada. Aceitei o pequeno incidente e continuei meu rumo. Sendo eu mesma.

Na segunda arrumei uma esperta pra me deixar no prejuízo. Porque até quando estou com a razão sou complacente com os outros. Porque me coloco demais no lugar dos outros e acabo por deixar passar muitas coisas praticadas contra mim. Não foi a batida, o prejuízo no pára-choque. Foi eu deixar a infratora ir embora. Permitir que me ludibriasse. Ultimamente apenas me ludibriam. E eu aceito.

Ando com a sensação de que vou explodir a qualquer momento... ou implodir. Uma música escutada no carro no meio desse turbilhão retrata o momento. Ah, como eu queria conseguir praticar todas as linhas desta letra. As que são de mim para o próximo faço tão facilmente. Mas as que tenho direito, ando precisando praticar...


Do It
Lenine
Composição: Lenine/Ivan Santos

Tá cansada, senta
Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta

Se sujou, cai fora
Se dá pé, namora
Tá doendo, chora
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora

Se aperta, grite
Se tá chato, agite
Se não tem, credite
Se foi falta, apite
Se não é, imite

Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance

Se tá puto, quebre
Ta feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre

Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure

Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele
Nunca se atropele

Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
Quer dever, prometa
Pra moldar, derreta
Não se submeta


Ando precisando me submeter menos... a tudo...