Confira os aprovados para a 4ª fase:www.centrodeinovacao.org.br
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25 dezembro 2006

O que é Natal?






Maiores informações sobre Papai Noel (que trouxe presente com defeito este ano que precisou ser trocado!), favor consultar o blogger do pequeno Henrique! he he he he

22 dezembro 2006

Aeroporto, Maceió e Muriçocas...

Mais de 05 horas de espera para voar. Indo a passeio, para casa de parentes, a gente até tolera. Mas indo a passeio com hotel reservado, passeios pagos e se atrasar, ou indo a trabalho, esta espera não deve ser das mais bem humoradas. Para mim já não foi. E pra completar, ninguém merece 15 minutos que sejam de vôo num Fokker 100.

Mas cheguei à Maceió. Família é tudo que precisamos em certos momentos.

A noite, já em casa, senti meu corpo levitar. Flutuava em direção à janela do quarto. Muriçocas mutantes. As muriçocas de Maceió são oriundas da era jurássica. Perfeitos espécimes para a paleotontologia. (Risos). São muitas, milhares, picam, coça, arde.

Hoje eu descobri que meu maior aliado na vida é o repelente.



A prova da existência das feras: uma pequena parte do teto do banheiro DE DIA!

19 dezembro 2006

Observai os pássaros do céu

6. Não acumuleis tesouros na Terra, onde a ferrugem e os vermes os comem e onde os ladrões os desenterram e roubam; - acumulai tesouros no céu, onde nem a ferrugem, nem os vermes os comem; - porquanto, onde está o vosso tesouro aí está também o vosso coração.

Eis por que vos digo: Não vos inquieteis por saber onde achareis o que comer para sustento da vossa vida, nem de onde tirareis vestes para cobrir o vosso corpo. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que as vestes?

Observai os pássaros do céu: não semeiam, não ceifam, nada guardam em celeiros; mas, vosso Pai celestial os alimenta. Não sois muito mais do que eles? - e qual, dentre vós, o que pode, com todos os seus esforços, aumentar de um côvado a sua estatura?

Por que, também, vos inquietais pelo vestuário? Observai como crescem os lírios dos campos: não trabalham, nem fiam; - entretanto, eu vos declaro que nem Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. - Ora, se Deus tem o cuidado de vestir dessa maneira a erva dos campos, que existe hoje e amanhã será lançada na fornalha, quanto maior cuidado não terá em vos vestir, ó homens de pouca fé!

Não vos inquieteis, pois, dizendo: Que comeremos? ou: que beberemos? ou: de que nos vestiremos? - como fazem os pagãos, que andam à procura de todas essas coisas; porque vosso Pai sabe que tendes necessidades delas.

Buscai primeiramente o reino de Deus e a sua justiça, que todas essas coisas vos serão dadas de acréscimo. - Assim, pois, não vos ponhais inquietos pelo dia de amanhã, porquanto o amanhã cuidará de si. A cada dia basta o seu mal. (S. MATEUS, cap. VI, vv. 19 a 21 e 25 a 34.)


7. Interpretadas à letra, essas palavras seriam a negação de toda previdência, de todo trabalho e, conseguinte-mente, de todo progresso. Com semelhante princípio, o homem limitar-se-ia a esperar passivamente. Suas forças físicas e intelectuais conservar-se-iam inativas. Se tal fora a sua condição normal na Terra, jamais houvera ele saído do estado primitivo e, se dessa condição fizesse ele a sua lei para a atualidade, só lhe caberia viver sem fazer coisa alguma. Não pode ter sido esse o pensamento de Jesus, pois estaria em contradição com o que disse de outras vezes, com as próprias leis da Natureza. Deus criou o homem sem vestes e sem abrigo, mas deu-lhe a inteligência para fabricá-los. (Cap. XIV, nº 6; cap. XXV, nº 2.) Não se deve, portanto, ver, nessas palavras, mais do que uma poética alegoria da Providência, que nunca deixa ao abandono os que nela confiam, querendo, todavia, que esses, por seu lado, trabalhem. Se ela nem sempre acode com um auxílio material, inspira as idéias com que se encontram os meios de sair da dificuldade. (Cap. XXVII, nº 8.) Deus conhece as nossas necessidades e a elas provê, como for necessário. O homem, porém, insaciável nos seus desejos, nem sempre sabe contentar-se com o que tem: o necessário não lhe basta; reclama o supérfluo. A Providência, então, o deixa entregue a si mesmo. Freqüentemente, ele se torna infeliz por culpa sua e por haver desatendido à voz que por intermédio da consciência o advertia. Nesses casos, Deus fá-lo sofrer as conseqüências, a fim de que lhe sirvam de lição para o futuro. (Cap. V, nº 4.)

8. A Terra produzirá o suficiente para alimentar a todos os seus habitantes, quando os homens souberem administrar, segundo as leis de justiça, de caridade e de amor ao próximo, os bens que ela dá. Quando a fraternidade reinar entre os povos, como entre as províncias de um mesmo império, o momentâneo supérfluo de um suprirá a momentânea insuficiência do outro; e cada um terá o necessário. O rico, então, considerar-se-á como um que possui grande quantidade de sementes; se as espalhar, elas produzirão pelo cêntuplo para si e para os outros; se, entretanto, comer sozinho as sementes, se as desperdiçar e deixar se perca o excedente do que haja comido, nada produzirão, e não haverá o bastante para todos. Se as amontoar no seu celeiro, os vermes as devorarão. Daí o haver Jesus dito: "Não acumuleis tesouros na Terra, pois que são perecíveis; acumulai-os no céu, onde são eternos." Em outros termos: não ligueis aos bens materiais mais importância do que aos espirituais e sabei sacrificar os primeiros aos segundos. (Cap. XVI, nº 7 e seguintes.) A caridade e a fraternidade não se decretam em leis. Se urna e outra não estiverem no coração, o egoísmo aí sempre imperará. Cabe ao Espiritismo fazê-las penetrar nele.

O Evangelho Segundo o Espiritismo/Cap XXV - BUSCAI E ACHAREIS

17 dezembro 2006

Um brinde aos noivos!

Ontem fui ao casamento de um dos meus melhores amigos. Cajahyba é um daqueles amigos que não precisam estar presentes. Não precisamos estar colados, fazer farra juntos e nos ligar todos os dias. Ele é um amigo que sei que posso contar. Como diria Vinícius de Moraes, Tiago é um daqueles amigos "que não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar." E gosto muito do meu "miguinho" e fiquei muito feliz com a felicidade dele ao olhar contemplativo para Roberta. Permito-me este pleonasmo.

Roberta é especial pelo simples, mas importante fato, de amar Tiago. Não somos íntimas mas sua simplicidade é encantadora. Parabenizo-lhe novamente, apesar de já ter dito ontem pessoalmente, pela linda festa que fez para seu casamento. Tudo muito bonito, muito organizado e de muito bom gosto inerente ao casal.

E deixo no meu blogger um presente para os noivos agora recém-casados. Recomendo sempre este texto para quem casa, quem junta, quem separa, quem volta. E acredito que a história deles permite este texto. Muito boa sorte nesta nova caminhada, muito amor e agora me dêem licença pois em definitivo não sei quantas taças de champanha tomei ontem. O garçon não me permitiu que as esvaziasse para poder contar! Preciso me reestabelecer fisicamente! (risos) Boa leitura!



Aos que não casaram,
Aos que vão casar,
Aos que acabaram de casar,
Aos que pensam em se separar,
Aos que acabaram de se separar,
Aos que pensam em voltar...

Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja.

O amor é único, como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.

A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, a sedução tem que ser ininterrupta.

Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança acabamos por sepultar uma relação que poderia ser eterna.

Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas. Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes nem necessita de um amor tão intenso.

É preciso que haja, antes de mais nada, respeito.

Agressões zero.

Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência... Amor, só, não basta. Não pode haver competição.

Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver bom humor para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.

Tem que saber levar. Amar, só, é pouco.

Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas pra pagar.

Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar. Tem que ser um bom psicólogo. Não adianta, apenas, amar. Entre casais que se unem visando à longevidade do matrimónio tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um. Tem que haver confiança.

Uma certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão. E que amar, "solamente", não basta.

Entre homens e mulheres que acham que o amor é só poesia, tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom, pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.

O amor é grande, mas não é dois.

É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.

O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.

Um bom Amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!

(Desconheço o autor)

16 dezembro 2006

Meu Jardim

Vander Lee
Composição: Vander Lee

Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores

Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho

Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim

15 dezembro 2006

A Paz

Certa vez houve um concurso de pintura e o primeiro lugar seria dado ao quadro que melhor representasse a paz.

Ficaram, dentre muitos, três finalistas igualmente empatados.

O primeiro retratava uma imensa pastagem com lindas flores e borboletas que bailavam no ar acariciadas por uma brisa suave.

O segundo mostrava pássaros a voar sob nuvens brancas como a neve em meio ao azul anil do céu.

O terceiro mostrava um grande rochedo sendo açoitado pela violência das ondas do mar em meio a uma tempestade estrondosa e cheia de relâmpagos.

Mas para surpresa e espanto dos finalistas, o escolhido foi o terceiro quadro, o que retratava a violência das ondas contra o rochedo.

Indignados, os dois pintores que não foram escolhidos, questionaram o juiz que deu o voto de desempate:

- Como este quadro tão violento pode representar a paz, Sr. Juiz?

E o juiz, com uma serenidade muito grande no olhar, disse:

- Vocês repararam que em meio à violência das ondas e à tempestade há, numa das fendas do rochedo, um passarinho com seus filhotes dormindo tranqüilamente?

E os pintores sem entender responderam: sim, mas...

Antes que eles concluíssem a frase, o juiz ponderou:

- Caros amigos, a verdadeira paz é aquela que mesmo nos momentos mais difíceis nos permite repousar tranqüilos. Talvez muitas pessoas não consigam entender como pode reinar a paz em meio à tempestade, mas não é tão difícil de entender. Considerando que a paz é um estado de espírito podemos concluir que, se a consciência está tranqüila, tudo à volta pode estar em revolução que conseguiremos manter nossa serenidade. Fazendo uma comparação com o quadro vencedor, poderíamos dizer que o ninho do pássaro que repousava serenamente com seus filhotes, representa a nossa consciência. A consciência é um refúgio seguro, quando nada tem que nos reprove. E também pode acontecer o contrário: tudo à volta pode estar tranqüilo e nossa consciência arder em chamas. A consciência, portanto, é um tribunal implacável, do qual não conseguiremos fugir, porque está em nós. É ela que nos dará possibilidades de permanecer em harmonia íntima, mesmo que tudo à volta ameace desmoronar, ou acuse sinais de perigo solicitando correção. Sendo assim, concluiremos que a paz não será implantada por decretos nem por ordens exteriores, mas será conquista individual de cada criatura, portas à dentro da sua intimidade.

Um dia, a paz vestiu-se de homem e conviveu com a humanidade sofredora e aflita. Conservava-se em paz mesmo diante das situações mais turbulentas e assustadoras. Agredido, manteve-se sereno. Caluniado, exemplificou tranqüilidade. Diante da tempestade no mar, pediu calma. Pregado na cruz, permaneceu em paz. Todavia, antes de partir teve ensejo de dizer: "A minha paz vos deixo, como exemplo. A minha paz vos dou, como modelo a ser copiado."



Equipe de redação do site www.momento.com.br, baseada em história recebida pela Internet, intitulada "A Paz", sem menção ao autor.

14 dezembro 2006

Envelhecimento Saudável

Este semestre aprendi o que é envelhecer saudavelmente. E é prazeroso ver as pessoas envelhecendo lindamente. Lindas dançando bolero. Sorridentes com suas obras de arte pintadas em telas. Contentes por conseguir vencer a era digital ao enviar um cartão de natal feito por elas mesmas para seus parentes distantes pela Internet. Felizes pelas suas pastas de lembranças contruídas nas oficinas de memória. Fazendo todos sorrirem e aplaudirem as histórias contadas (e escritas!) por eles. Um lindo envelhecer. E estas pessoas também temn problemas. Maiores do que os problemas que eu supunha ter. Problemas causados pelo tempo, pela saúde, pelas experiências vividas, pelos moldes de criação. Tantos problemas que nem sequer sonhamos em ter. Mas que fatalmente teremos quando começarmos a envelhecer.

E acredito que este semestre, apesar de ser a professora de "Informática Para a Vida" onde estes velhinhos saudáveis me alegravam as quartas-feiras, eles foram os meus grandes mestres. Só participando para saber.

Sendo assim, aproveito o ensejo do meu próprio aprendizado, para divulgar um informação muito bacana sobre este projeto que estou participando. Quem não tem um idoso(a) em casa ou não conhece algum? Trata-se do Projeto Envelhecimento Saudável da UCSal onde coloco maiores informações a seguir. Ontem foi o encerramento das atividades do semestre onde as turmas de cada disciplina apresentaram seu trabalho. E tudo que vi foi muito lindo. E me emocionei. E chorei.

Em breve estarão atualizando o calendário de aulas deste próximo semestre que vem com muitas novidades! Dou aqui uma prévia do projeto realizado este semestre para quem tiver interesse e quiser divulgar ou participar:

Envelhecimento Saudável: UCSAL Presente - Projeto vinculado ao Programa Universidade Aberta à Terceira Idade

Inscrições abertas!!!

10 dezembro 2006

Qualquer prazer não me satisfaz...

Por uns tempos me achei estranha, fora da minha idade. Mas hoje sei que a questão é outra. Não se tratava de ter um carro para me levar onde quisesse. Tenho e não tenho a menor vontade de sair. Não, ao menos, para os "prazeres convencionais". Não se tratava de estar atolada em preocupações que não me deixavam tempo para ter 27 ou 28 anos anos. Simplesmente, qualquer prazer não me satisfaz mais.

Tive adolescência e fui ao todos os ensaios no clube Espanhol. Pulei Carnaval na rua de quarta-feira a quarta de cinzas. Passei inúmeras festas de São João no interior. Desta forma começo a achar natural não ter mais paciência nem saco para o ensaio do Tribahia. Ou para o São João de Amargosa.

Fui a festas e bebi para passar mal no dia seguinte. Beijei milhões de bocas. Arrumei namorados na praia com 40 graus a pino e um mundaréu de gente. Aliás... praia era um bom local para arrumar namorado. Mas hoje não.


Gosto de ficar no aconchego do meu lar. Dormir para descansar meu corpo. Ler muito, vários livros, um atrás do outro. Pegar peso me deixa em transe e por isso malho, malho até fadigar. Não pelas coxas marmóreas ou pelo bumbum empinado. Mas por poder extravasar tudo em 120kg seguros pelas pernas.

Gosto de praia. Não a praia cheia de gatinhos, sarados e bronzeados pelo sol. Praia, quanto mais vazia, melhor. Apenas um lugar onde eu possa tomar sol, ouvir o barulho do mar, conversar com os que amo e relaxar. Não tenho mais tolerência para disputar vaga no estacionamento, barraca, mesa, esperguiçadeira, garçon ou um estúpido refrigerante.


Amo música. Todas. De qualquer tipo. Mas prefiro ouvir pagode no volume máximo no meu carro para não me estressar com o trânsito. E uma boa MPB num barzinho, regada a um bom vinho e uma boa companhia.


Enfim... acredito que já bebi de todos os prazeres. E não concordo mais com o prazeres classificados por faixa etária. Faço o que gosto, o que quero, quando quero e ponto final.

05 dezembro 2006

Sou gostosa e assumo

Nem quando tinha 10 anos entrei em uma calça jeans 38. Nunca me senti feliz com os peitos reinando absolutos em uma blusa branca sem sutiã. Me sentia uma hipopótama prenha quando teimava em vestir um top minúsculo com a pança exposta à poluição. Jamais deixei de ter pânico praiano no final da primavera. Mas, depois de muita terapia e chuchu refogado, decidi: sou muito mais gostosa do que essas esqueléticas posando de cabide maquiado na capa de revistas de moda. Porque, na vida real, gostosura não é ter 1,77 metros e 50 quilos, nem ter sido inflada com 300 mililitros de silicone, sugada com lipoescultura ou esticada com botox até na pupila. Ser gostosa é decisão.

Decida que seus culotes, apesar de não serem a coisa mais fofa do mundo, são extermináveis. Faça um tratamento estético e acabe com eles. Decida dar um tapa na cabeça do seu namorado sempre que ele a chamar de gordinha, fofinha ou qualquer coisa terminada em 'inha' que cause ira: você é a única pessoa que pode depreciar a si mesma, é bom que fique claro.

Decida reclamar menos do seu corpo e aproveitar mais todas as sensações que ele pode lhe proporcionar se você parar de se torturar com cada estria que se instalar na banda direita da sua bunda.

Burrice é dar valor exagerado ao que é, na essência, detalhe. Tragédia é a fome na África, o assassinato dos bebês-foca, não a falta de elastina no seu glúteo direito. Decida chutar para a estratosfera os padrões de beleza. Os peitos da Gisele Bündchen são dela, não seus. A barriga tanquinho da professora de aeróbica na televisão é dela, não sua. E, na real, se ser padrão fosse tão bacana assim, essa mulherada não viveria neurótica, bulímica, anoréxica, com disfunção renal, cerebral, hemorroidal... No fim, todas nós sofremos de prisão de ventre.

Decida que osso largo, retenção de líquido e gases não são desculpa para não ter a cintura da Jennifer Lopez - você tem outra estrutura, simples assim. Ou preferir se afogar num sorvete de pistache no final de um dia estressante ou encarar uma porção de gelatina e amargar um humor tão ruim quanto as desculpas do Rubinho em final de corrida. Não dá para ser leoa com pelagem de jaguatirica.

Mas dá para ser uma leoa deslumbrante.

Decida que você, e o que existe melhor em você, não se resume a qualquer 2 ou 3 ou 10 quilos de banha que insistem em não sair do seu quadril. Quem acha o contrário deve ser posto sumariamente de quarentena na sua vida. E se for você que pensa assim? De duas, uma: Freud ou Jung. Não, três: pode ser Lacan, também.

Se você decidir que quer mais é ter a barriga sarada, a bunda dura, o peito empinado e a coxa marmórea, vá em frente. Malhe. Feche a boca. Gaste com cirurgia, mas não se engane pensando que depois disso sua felicidade será plena, porque alegria e auto-estima não vêm de brinde com a lipoaspiração. Lembre-se de que o embrulho de presente acaba sempre indo para o lixo.

Então, para descomplicar e desneurotizar minha existência, decidi que sou gostosa. Compro roupas que valorizam o que tenho de bom e não pago mico de me vestir feito um manequim de vitrine da Dior: o máximo que conseguiria seria parecer um espantalho fashion louco. Não me abalo mais com comentários testosteronentos e babões diante de corpos fenomenais: eles são visualmente dignos de urros de tesão, mas não dediquei minha vida a ter um daqueles.

Não passo três horas diárias na academia, não tenho personal trainer, não gasto as tardes no shopping passeando com meu cachorrinho e com minhas amigas loiras-saradas que parecem saídas de uma linha de produção de Barbies. Nunca vou ter um corpo daqueles porque isso não é minha prioridade. O prazer que um jantar de risoto de pêra com gorgonzola e uma rubra taça de Merlot me proporcionam é muito maior que poder rebolar ferozmente a buzanfa-modelo num show da Tati Quebra-Barraco.

Hoje, sou gostosa e assumo. Mas continuo odiando qualquer mulher que fica linda de morrer num biquini. Eu decidi ser gostosa, mas não virei a Irmã Dulce. Ainda bem: decidi também que ser boazinha não combina comigo.

(Dizem que é de Allin Aleixo - Editora-chefe da Revista Quem... Pra Osmar não ficar enchendo meu saco! Rssss)

23 novembro 2006

Cérebro Zero Absoluto

Já sentiu nada? Nada. Mente vazia. Oca. O zero absoluto de pensamentos. Já é a seguna vez que me sinto assim. Sentimentos zero. Nem amor, nem ódio. Nem calma, nem angústia. Nem coragem, nem medo. Nada. Estou tentando compreender que sensação é esta que me assoma pela segunda vez em curto espaço de tempo. Só consigo sentir o que não sinto.

20 novembro 2006

Governança de TI terá 'avaliação' em 2007

Pelo visto minha pós não será à toa... Estava pensando em fazer algum tipo de certificação e eis que chega uma notícia bem interessante, Governança de TI terá 'avaliação' em 2007

Tomara que chegue mesmo ao mercado.

19 novembro 2006

Muito Gelo e Dois Dedos D’água

Uma comédia muito legal. Vale a pena assistir. Além do lado alegre tem um lado muito bacana que é o de observar como traumas idênticos aplicados em duas pessoas distintas podem as fazer reagir de formas completamente distintas.


Créditos da Foto: Site do Filme

Curso e Certificação Oficiais ITIL em Salvador

Recebi este mail e achei a informação muito relevante para os colegas de profissão. Uma oportunidade única para quem quiser e puder investir nesta certificação com um custo mais razoável.



A XSITE e a Faculdade Ruy Barbosa estão trazendo para Salvador, nos dias 14 e 15/12 (tarde e noite) e 16/12 (manhã e tarde), a primeira turma aberta do curso oficial de ITIL Foundation, autorizada pelo EXIN (http://www.exin.org), e do teste de Certificação ITIL Foundations, que será realizado no dia 18/12/2006, às 15:00h, sempre nas instalações da Pós-graduação da Faculdade Ruy Barbosa, na Pituba.

O curso é realizado pela ILUMNA, empresa 100% nacional com experiência em treinamento e implementação de Gestão de Serviços de TI (ITSM) em todo o Brasil. O curso será ministrado por instrutor com larga experiência em treinamentos e implementação de ITIL. As turmas da ILUMNA têm obtido percentuais de 100% de aproveitamento nos testes de certificação. Confira no site http://www.ilumna.com.br.

O curso é uma oportunidade única na Bahia, eliminando os custos de deslocamento e com valores de inscrição nos mesmos níveis dos preços cobrados em São Paulo. Além disto, temos condições especiais para professores, alunos e ex-alunos da FRB e para membros do Grupo de CIO's da SUCESU-BA. Esta é uma oferta de lançamento do curso na Bahia, exclusiva para esta turma de dezembro de 2006. Confira os detalhes no folder abaixo e inscreva-se em http://www.xsite.com.br.



15 novembro 2006

"A gente não faz amigos, reconhece-os." (Vinícius de Moraes)

Fotos: 10/11/2006. Bahia Café. Meu aniversário. Meus amigos.

10 novembro 2006

Meu aniversário... 28 anos... e uma reflexão...

Havia numa aldeia um velho muito pobre que possuía um lindo cavalo branco.
Numa manhã ele descobriu que o cavalo não estava na cocheira.
Os amigos disseram ao velho:

Mas que desgraça, seu cavalo foi roubado!

E o velho respondeu:

Calma, não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não esta mais na cocheira. O resto é julgamento de vocês.

As pessoas riram do velho.
Quinze dias depois, de repente, o cavalo voltou.
Ele havia fugido para a floresta.
E não apenas isso; ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo.
Novamente as pessoas se reuniram e disseram:

Velho, você tinha razão. Não era mesmo uma desgraça, e sim uma benção.

E o velho disse: - Vocês estão se precipitando de novo. Quem pode dizer se é uma benção ou não? Apenas digam que o cavalo está de volta...

O velho tinha um único filho que começou a treinar os cavalos selvagens.
Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um dos cavalos e fraturou as pernas.
As pessoas se reuniram e, mais uma vez, se puseram a julgar:

E não é que você tinha razão, velho? Foi uma desgraça seu único filho perder o uso das duas pernas.

E o velho disse: Mas vocês estão obcecados por julgamentos, hein? Não se adiantem tanto. Digam apenas que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe ainda se isso é uma desgraça ou uma benção...

Aconteceu que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra e todos os jovens da aldeia foram obrigados a se alistar menos o filho do velho.

Nunca encerre uma questão de forma definitiva, pois quando um caminho termina, outro começa, quando uma porta se fecha, outra se abre. Assim é o curso da vida...

09 novembro 2006

Inferno Astral

Dizem que os 30 dias (alguns dizem 52) que precedem a data do nosso aniversário é o período do Inferno Astral. Segundo o exoterismo e até mesmo algumas ciências como a psicologia no âmbito bioenergético, é um período de turbulência.

Acho que nuca senti de fato este tal inferno astral. E creio que por não ter lembrança de ter vivido períodos similares, começo a acreditar que os infernos astrais foram se acumulando no decorrer dos anos e acabei ficando este ano por 06 meses gravitando na loucura.

Mas acho que hoje acabou. Creio que um dia antes do meu aniversário, deu-se um basta na turbulência e as coisas, outrora jogadas pelos quatro cantos escuros da minha vida, voltam a se arrumar uniformemente. Devagar, mas sendo alocadas gradativamente nos lugares. Os cantos já não estão mais tão escuros assim.

O meu único mérito em começar a dar fim neste inferno foi, sobretudo, não perder totalmente a minha fé em Deus. Oscilou sim. Abalou. Até desacreditou. Mas sobrevivi. E aqui estou: às portas dos 28 anos, saindo do inferno astral, tentando viver os riscos e os valores da minha nova idade.

08 novembro 2006

ORAÇÃO DOS ESTRESSADOS

(Falaram que é por Luís Fernando Veríssimo... mas... não sei... só sei que cabe...)

Senhor, dê-me serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar as coisas que não posso aceitar e a sabedoria para esconder os corpos daquelas pessoas que eu tive que matar por estarem me enchendo o saco.

Também, me ajude a ser cuidadoso com os calos em que piso hoje, pois eles podem estar conectados aos sacos que terei que puxar amanhã.

Ajude-me, sempre, a dar 100% no meu trabalho...
- 12% na segunda-feira,
- 23% na terça-feira,
- 40% na quarta-feira,
- 20% na quinta-feira,
- 5% na sexta-feira.

E... Ajude-me sempre a lembrar, quando estiver tendo um dia realmente ruim e todos parecerem estar me enchendo o saco, que são necessários 42 músculos para socar alguém e apenas 4 para estender meu dedo médio e mandá-lo para aquele lugar...

Que assim seja!!!

Viva todos os dias de sua vida como se fossem o último.
Um dia, quem sabe, você acerta!

22 outubro 2006

A última pedra

Ando refletindo sobre os erros da minha vida... analisando os retornos da infalível lei de ação e reação... compreendendo como esta lei funciona na minha existência... aceitando-a... verificando que coisas que eu julgava erros e fracassos foram grandes acertos... e que o inverso também procede... e pensei em discorrer sobre todo este contexto... mas para que reinventar a roda se este texto reflete exatamente o que eu gostaria de dizer?




A última pedra
Por Roberto Shinyashiki

Existem pessoas que não prestam atenção no que fazem e depois passam a vida inteira arrependidas pelo que não fizeram, mas poderiam ter feito, e se martirizam por seus erros.

Gosto de uma música que Frank Sinatra costumava cantar, My way. O curioso é que só fui prestar atenção na letra dessa canção quando escrevia este texto. Ela diz mais ou menos assim: "Se eu acertei ou se errei, fiz isso da minha maneira".


Quando olho para trás, percebo que fiz muitas bobagens. Acertei bastante, mas também errei bastante. Quando olho para diante, tenho certeza de que vou acertar e errar bastante também. É impossível acertar sempre. Mas o importante é que não gastemos nosso tempo nem nossa energia nos torturando. A autocrítica pelo que não deu certo, além de ser nociva para a saúde, faz que a gente perca os passarinhos que a vida nos oferece no presente.


Um dia destes, um dos meus filhos me perguntou por que eu tomei determinada decisão estúpida tempos atrás. Respondi que me arrependia do que tinha feito, mas expliquei que, naquele momento, minha atitude me parecia lógica. Se eu tivesse o conhecimento e a maturidade de hoje, certamente a decisão seria diferente.


Por isso é que lhe digo: não se torture por algo que não deu certo no passado.
Talvez você tenha escolhido a pessoa errada para casar.
Talvez tenha saído da melhor empresa onde poderia trabalhar.
Talvez tenha mandado uma filha grávida embora de casa.
Não importa o que você fez, não se torture.
Apenas perceba o que é possível fazer para consertar essa situação e faça.
Se você sente culpa, perdoe-se.
E, principalmente, compreenda que agiu assim porque, na ocasião, era o que achava melhor fazer.


Há uma história de que gosto muito: um pescador chegou à praia de madrugada para o trabalho e encontrou um saquinho cheio de pedras. Ainda no escuro começou a jogar as pedras no mar. Enquanto fazia isso, o dia foi clareando até que, ao se preparar para jogar a última pedra, percebeu que era preciosa!


Ficou arrependido e comentou o incidente com um amigo que lhe disse:


- Realmente, seria melhor se você prestasse mais atenção no que faz, mas ainda bem que sobrou a última pedra!


Existem pessoas que não prestam atenção no que fazem e depois passam a vida inteira arrependidas pelo que não fizeram, mas poderiam ter feito, e se martirizam por seus erros. Se você está agindo assim, deixo-lhe uma mensagem especial: não gaste seu tempo com remorsos nem arrependimentos. Reconheça o erro que cometeu, peça desculpas e continue sua vida.


Você ainda tem muitas pedras preciosas no coração: muitos momentos lindos para viver e muitos erros para cometer.


Aproveite as oportunidades e curta plenamente a vida. Curta os passarinhos. Eles são os presentes do universo para você!

18 outubro 2006

Sabe você?

Composição: Carlos Lyra/Vinícius de Moraes




Você é muito mais que eu sou
Está bem mais rico do que eu estou
Mas o que eu sei você não sabe
E antes que o seu poder acabe
Eu vou mostrar como e por que
Eu sei, eu sei mais que você




Sabe você o que é o amor?
Não sabe. Eu sei.
Sabe o que é um trovador?
Não sabe. Eu sei.
Sabe andar de madrugada tendo a amada pela mão?





Sabe gostar? Qual sabe nada, sabe, não.






Você sabe o que é uma flor?
Não sabe, eu sei.
Você já chorou de dor?
Pois eu chorei.
Já chorei de mal de amor, já chorei de compaixão.
Quanto à você meu camarada, qual o que, não sabe não.




E é por isso que eu lhe digo, e com razão,
Que mais vale ser mendigo que ladrão.



Sei que um dia há de chegar, e isso seja quando for,
Em que você pra mendigar, só mesmo o amor.









Você pode ser ladrão quando quiser,
Mas não rouba o coração de uma mulher.





Você não tem alegria, nunca fez uma canção.
Por isso a minha poesia, ha, ha, você não rouba não!
Ha, ha, você não rouba não!

08 outubro 2006

Ah! Quem me dera saber fazer versos...

Hoje estou mais Priscila como nunca... irrito-me por não saber fazer versos...

Versos, às vezes, dizem sem dizer o que sentimos... Invejo-te...

Não aquela inveja nociva... de querer que o outro não tenha o que possui... Mas aquela invejinha de não saber fazer o que o outro sabe para extravasar sua angústia criptografada em palavras... até mesmo a angústia alheia... aquela que não lhe pertence...

Ah! Quem me dera saber fazer versos...

Sentimentos baseados no blooger do meu amigo Fernando. Visitem. Vale super a pena!

07 outubro 2006

Arte Moderna

Arte Moderna. Às vezes me sinto uma animal por não conseguir compreender todas aquelas obras. Algumas de fácil compreensão apesar da incompreensão da tortuosidade dos traçados e das formas. É Arte Moderna, ora! Alguém diria.

Já para meu filho, nos seus singelos 06 anos, tudo era perfeitamente compreensível e bonito. Afoito por cada salão do MAM queria ver mais, não como se estive num museu, mas sim numa fábrica de chocolates de vários sabores e formatos. Meu amigo Ed me diz que ele se encanta em virtude de sua cabecinha ainda não estar moldada. Sendo assim, como respondi, a minha deve estar então bem engessada. Uma pena.

O encatamento do MAM para mim não está no museu. Está no lugar. O parque de esculturas me empolga não pelas esculturas (não desmerecendo seus criadores e suas "criaturas"), mas pela paisagem. A visão. O mar, a praia. Ao adentrar pelo solar, o casarão me fascina. Existe algo engraçado quando visito os pontos turísticos de Salvador. Acho que tenho (ou tive, quem sabe?) um pé na senzala. Enquanto todos que visitam o Mercado Modelo, por exemplo, querem ver a vista e a arquitetura, eu quero ir ao porão. Fico impressionada com os grilhões que pendem do teto onde outrora, a séculos, segundo a lenda, mantinham-se presos os escravos mercadorias daquele lugar. Na verdade, o subsolo do Mercado Modelo possui uma galeria de túneis que foram redescobertos na última reforma. A história oficial conta que era apenas uma cava para armazenar vinhos e outras mercadorias que necessitavam de umidade. O subsolo fica abaixo do nível do mar, e a lenda dos escravos diz que por este local ficar quase sempre alagado, muitos negros ali morreram afogados quando a maré subia. Mas o fato é que é uma inesquecível visita.

No Solar do Unhão não é diferente. A casa grande me encanta. Sonho como seria morar ali em épocas longínquas, na era colonial. Ser uma senhora de engenho naqueles vestidos pomposos. Na parte alta, o edifício principal abrigava as instalações residenciais da família e na parte baixa, as acomodações dos escravos. A segunda é que me impressiona e atrai.

Todavia, isso o faz um passeio ainda mais agradável e o lugar que acho mais lindo em toda minha cidade.

06 outubro 2006

Os Melhores com quem se Trabalhar (Será um sonho?)

AtPeopleSideAnoIV–No.5703/outubro/2006

Os Melhores com quem se Trabalhar

Eduardo Cupaiolo

Quem sabe sejam irmãos. Gêmeos. Separados no berço. Nasceram ambos há 59 anos. Com ligeira diferença de local. Elcio no Paraná. Ulisses, um pouquinho mais ao norte, no Amazonas. Ambos executivos, com carreiras de enorme sucesso e vínculo duradouro com suas empresas. Ulisses está na dele há 28 anos. Elcio na dele, há 15.

Ambos chegaram ao ponto mais alto da hierarquia dessas organizações. Elcio há 15 preside a bem conhecida (e temida) Serasa. Ulisses há 12, a Masa, indústria de componentes plásticos de Manaus, desconhecida para a maioria de nós, afinal não há qualquer perigo de ter nosso nome em sua lista negra. Elcio é Administrador com pós em Marketing. Ulisses Engenheiro Químico.

Ok, concordo, para gêmeos idênticos até que eles tem um monte de diferenças em comum. Ok também concordo que é mais provável que Elcio Aníbal de Lucca não seja sequer parente distante de Ulisses Tapajós Neto. E confesso também não saber nem se eles, ao menos, se conhecem pessoalmente. Mas de algumas coisas tenho muita certeza.

A primeira, que ambos chegaram juntos ao primeiro lugar no pódio. Liderando suas organizações, as levaram a conquistar destaque especial em nosso mundo corporativo:

Ulisses e sua equipe da Masa, a 1a. posição entre As 150 Melhores Empresas para Você Trabalhar (pesquisa realizada em parceria da FIA e revistas Exame e Você S/A da Editora Abril).

Elcio e Serasa, o 1o. lugar entre As 100 Melhores Empresas para Trabalhar (pesquisa realizada em parceria pelo Great Place to Work Institute e revista Época da Editora Globo).

E a quem me conhece já há algum tempo, informo, continuo, como afirmei há exatos 2 anos atrás (1), não ficar muito empolgado com o que leio e como interpreto os dados dessas pesquisas. Não que desconfie da idoneidade e responsabilidade de quem as faça, mas pelo contraste que vejo no meu dia-a-dia como consultor.

Percepção corroborada e destacada pelos próprios autores da pesquisa Exame-Você S/A quando alertam para resultado médio do IQGP (Índice de Qualidade na Gestão de Pessoas) ser ainda pouco superior a metade dos pontos possíveis (exatos 52,20 em 100). Ou seja, um copo ainda, apenas, meio cheio. Situação ainda mais delicada, os próprios autores destacam, quando se leva em consideração o universo investigado: as 150 melhores. Imaginem as piores. Sinal claro de que para todo mundo ainda tem muito trabalho para sermos realmente lugares bons para se trabalhar.

Mas tenho de ser, como sempre, sincero. Desta vez, ao ler as duas publicações, fiquei entusiasmado. Senti um agradável perfume de coisa boa no ar. Cheiro de que estamos começando a encontrar o caminho certo. Como recomendei aos leitores em um artigo mais recente (2), me surpreendi ao perceber uma orientação muito clara da forma positiva com que estes resultados têm sido alcançados. Em especial, porque, segundo posso perceber, são frutos de exercício de liderança servidora. No melhor e mais profundo sentido da palavra.

Segundo, pela oportunidade que tive de estar próximo a mulheres de Juvenal (3). As que sabem mais do que ninguém se os Juvenais são mesmo aquilo tudo que todo mundo pensam que eles são. E neste especial quesito Serasa e Masa passaram com louvor. Se as reportagens já despertaram minha atenção para os valores centrais destes dois verdadeiros líderes, conhecer os bastidores das suas empresas valeu ainda mais.

Tive o prazer de visitar a sede da Serasa no bairro de Planalto Paulista, em São Paulo, no início deste ano. E mesmo sem saber que um dia o presidente se preocupou com passarinhos kamikazes que se espatifavam na beleza translúcida de suas paredes de vidro e resolveu que isto era uma importante questão a ser resolvida (e foi), chamou muito mais a minha atenção a preocupação com os acessos viáveis para deficientes físicos.

- Mas até aí, qual a novidade? Muita empresa pensa nisto.

A novidade? A grande surpresa? Adivinhe? Foi encontrar deficientes físicos trabalhando na empresa. E quantos. E tantos. Surpresa e vergonha. Vergonha da cultura empresarial vigente que até faz rampa e toaletes adaptados, mas não contrata ninguém que precise usá-los. Faz porque a lei obriga ou só para ficar bonito na foto. Vergonha de mim mesmo que jamais tinha notado falta destas pessoas nas centenas de empresas pelas quais já passei. Vergonha de não sentir a falta de vê-las também no shopping, no cinema, na lanchonete. Vergonha de quem de repente achou que lá pareciam muitos, quando, provavelmente, ainda são em proporção menor do que na população em geral.

O outro ponto que me fez acreditar que finalmente as coisas estão realmente mudando, foi ouvir um presidente de empresa falar de Deus. Deixando religiões à parte, e até termos como religiosidade ou espiritualidade. Pego carona da idéia de transcendência.

Na percepção e convicção de que existe algo além do que vemos. Além de tangível. Do que dá para contar. Que sentimentos - amor e compaixão included certamente -, valores e ética não são coisa para se deixar em casa, nem na portaria na hora de passar o crachá na catraca eletrônica, nem coisa supérflua nem passível de ser superficial. É coisa para se trazer dentro do peito, para dentro da empresa, para o ambiente de negócios, para os relacionamentos profissionais, para os comerciais e para inundar o mundo corporativo, e a sociedade por tabela.

Amém, irmão?

À Masa ainda não fui, mas a conheço bem por fontes seguras. Pois se existe fonte segura, mais seguras são as minhas fontes. E por causa delas seguro estou que Ulisses faz mesmo o que a revista diz que ele faz. Não fizesse seria difícil inventar ter conseguido que seus colaboradores tivessem pelo menos 2o.grau completo, quando a porcentagem era de ínfimos 15% do total ou de aumentar de 1% para 25% os com curso superior.

E isto no norte de nosso contrastado país e liderando uma população de quase 1000 funcionários, por quem Ulisses, é reconhecido como pai (sem paternalismo) e que como tal, a cada um chama pelo nome. 1000 nomes.

Milhares, que não de partes de uma grande engrenagem, mas de gente que faz parte, participa. Gente que está acostumada a falar, pois é respeitada no seu direito de ouvir (Ulisses se reúne com todos eles uma vez a cada 2 meses), e de ser ouvida: em um ano, foram 15 mil sugestões de melhoria feitas, 15 mil implantadas, gerando 1 milhão de dólares de economia para a Masa.

Quer saber o segredo? Respeitar e valorizar as pessoas – responderá Tapajós.

Mas desconfio que haja também uma grande dose de coragem. Vai lá você convencer o novo acionista que deseja resultados rápidos (a Flextronics comprou a MASA ano passado), que resultado duradouro só se consegue com gente realizada com aquilo que faz e como faz. Gente esforçada em seu auto desenvolvimento, aplicada, competente, tão boa ao ponto de permitir à empresa há anos só preencher vagas com pessoal de casa, e ter todos os gerentes formados internamente. Vai lá você ser tão bom a ponto ver suas práticas de gestão made in Brasil (com S, please) sendo agora transferidas a outras unidades do grupo multinacional.

A resposta é, ao investir na busca do primeiro posto da lista, Ulisses não deu foco em melhores processos, como algumas empresas ainda acham que é o caminho. Procurou a melhoria das posturas, melhoria da qualidade dos relacionamentos. Na reportagem sobre ele, ouve-se falar de “credibilidade, respeito, imparcialidade, orgulho e camadaragem”, que podem sim e devem sim de alguma forma estar refletidos nos processos, mas, me diz aí, a que processo você chamaria de camarada e convidaria para ser padrinho de batismo do seu filho ou para tomar um choppinho no final do expediente?

São cases humanos, é bom destacar, e por isto não podemos cobrar deles perfeição. Sempre haverá detalhes a corrigir, e um caso ou outro de frustração. A beleza é que perfeição não existe. Existe busca por aperfeiçoamento. E é nesta trilha que Masa e Serasa estão. Fazer hoje melhor do que ontem, fazer amanhã ainda melhor do que hoje.

São dois casos verídicos e brasileiros, à distância de um táxi ou a algumas horas de avião, mas sem necessidade de carimbar passaporte. Exemplos bem reais de visão e ação, se me permitem, peoplesideanas, de gestores altamente qualificados, que foram além, assumiram seu papel de líder-gente que gera influência positiva na vida de outras gentes.

Líderes tão conscientes de seu papel na sociedade, muito além das fronteiras de seus edifícios, que já declararam a decisão de continuar fazendo a diferença mesmo quando for a hora de passar o bastão para seus sucessores. Exemplos bem reais, bem tangíveis, para analista nenhum de mercado botar defeito, deixando claro que colocar as pessoas, o lado humano da organização em primeiro lugar não é opção. É obrigação. É bom senso. É estratégia vencedora, com resultados excepcionais, como em 15 anos multiplicar por 30 o faturamento, como fez a Serasa.

Ok, ok, não precisa chorar. Sim, eu sei que sua empresa também é um lugar muito bom para se trabalhar. Parabéns. Parabéns para você e para todos os gestores que resolveram virar o disco (a respeito desta expressão, menores de 25 anos, por favor, consultem alguém nascido antes da década de 70), bem arranhadinho, aliás.

Resolveram acordar para o fato que pessoas não são acessórios, são razão de ser. Que muito, mas, muito melhor do que aparecer na revista (não que não seja muito legal), é realizar um trabalho nos bastidores, no dia-a-dia, onde não tem fotógrafo nem repórter, tem só gente.

Gente bem parecida, gente bem comum. Com corações, anseios e todo potencial para fazer algo que mereça o topo da lista. Gente comum, como eu, como você. Como os irmãos Elcio e Ulisses.

(1) As Piores Empresas para Se Trabalhar, edição 23 desta newsletter, 27 de outubro de 2003.

(2) Sepulcros Caiados, edição 39, 17 de setembro de 2004.

(3) Referência às pessoas de dentro as que sabem o que as revistas não conseguem saber. Mais detalhes em Contrate Preguiçosos, livro recém lançado por este autor, onde encontrará os 2 artigos acima mencionados e outros 32.

Eduardo Cupaiolo (cupaiolo@peopleside.com.br) é fundador e Gerente Geral da PeopleSide (www.peopleside.com.br), autor de “Contrate Preguiçosos - conselhos pouco ortodoxos que tornam o ambiente de trabalho mais humano e produtivo” da Editora Mundo Cristão (www.mundocristao.com.br).

At People Side© é uma newsletter eletrônica gratuita produzida e divulgada por PeopleSide Human and Organizational Development. Todos os direitos reservados. A divulgação por meio eletrônico ou impresso é permitida desde que citada a fonte e o texto em sua íntegra.

PeopleSide Human and Organizational Development – www.peopleside.com.br

05 outubro 2006

Nostradamus e Nosfudemus

Diante desta guinada, virada, entornada, cagada política, chamem como quiser, este texto que recebi por mail realmente me leva à reflexão!



Nostradamus e Nosfudemus

Livro: "Visão das Trevas, Grandes Catástrofes da Humanidade".
Pág.102 Nostradamus, Editora Record.

Em suas Centúrias, Nostradamus escreveu com tanta exatidão que nos faz acreditar que conhecia o Lula.

Fragmento de um texto de Nostradamus:

..."e próximo do terceiro milênio uma besta barbuda descerá triunfante sobre um condado do hemisfério sul (BRASIL) - espalhando desgraça e a miséria..." ("reforma da previdência", corrupção institucionalizada, mensalão etc.).

"...Será reconhecido por não possuir seus membros superiores totalmente completos." (cadê o dedinho?)

"...Trará com ele uma horda ( PALOCCI, ZÉ DIRCEU,DULCI, GENOÍNO E CIA LTDA) que dominará e exterminará as aves bicudas (TUCANOS-PSDB) e implantará a barbárie por muitas datas ( SERÁ A REELEIÇÃO???) sobre um povo tolo e leviano." (É nóis !!!)...

E lá se vai mais uma profecia concretizada. Dessa vez, definitivamente Nosfudemus.

03 outubro 2006

Minha vida, Shakespeare e um desejo forte de mudança.

O mundo não é plano.

A gente nunca fica onde quer. Tudo que sobe desce. E quanto mais alto, maior a queda.


"E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair meio em vão."


As pessoas não são boas e você não pode mudar isso. Portanto, desconfie. Mas não perca sua bondade.

"E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam..."


Nunca deixe seus amigos. Mas se algum dia os deixar, mesmo que por engano, mesmo que sem querer, por alguma situação inusitada da vida, você logo saberá quem são eles realmente. Pois se você os chamar quando o sonho bom terminar, eles voltam. De bom grado, cheios de advertências e reclamações, mas de braços abertos. Esse são fiéis. Pode ficar com eles sem pestanejar. E saiba pedir perdão.


"Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distâncias."


Não se apegue a um objetivo de forma obessiva. Nem para fugir de um problema ou criar uma falsa sensação de segurança. Simplesmente...

... alcance o objetivo e pare. Descanse... passe para o próximo...

... mas não pense que o mundo ao seu redor parou... ou que gravita em torno do seu umbigo...

... resolva o problema... fugir não resolve...

... e acredite em você.


"E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida."


Chore. Sofra. Revolte-se. Grite. Recolha-se. Suma. Desapareça. Mas depois largue de drama, caia na real e corra pra luta.


"Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido. O mundo não pára, para que você junte seus cacos."



"E você aprende realmente que pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir mais longe, depois de pensar que não pode mais. E que realmente a vida tem valor diante da vida!!!"

01 outubro 2006

Eleições 2006

"O que mais preocupa,
não é o grito dos violentos,
nem dos corruptos,
nem dos desonestos,
nem dos sem-caráter,
nem dos sem-ética.

O que mais preocupa
é o silêncio dos bons"

(Martin Luther King)



O voto é secreto. Mas posso afirmar uma coisa: não reincidi no erro. Espero que o resto do país também não.

30 setembro 2006

Lex III Actioni contrariam semper et aequalem esse reactionem

Todo mundo cansa um dia. O ser humano cansa de certas coisas repetitivas e desgastantes. Quando elas são desgastantes, então... cansa mesmo. E fica exausto. Exaurido. Cansado. Estressado.

Peguei-me hoje questionando se é bom mexer no passado. Quando fuçamos o passado podemos encontrar muitas coisas interessantes. Mas é doloroso encontrar o que deixamos de ser. Mais doloroso ainda é encontrar o que deixaram de ser conosco. E nos perguntamos se sempre foi assim. Será que era um plano antigo, milimetricamente calculado para nos ferrar num futuro próximo? Alguém ao lado diz que não. Que as pessoas mudam. Que as estratégias mudam. Mas é lamentável ver tudo mudar para pior.

Ah! Eu devia estar sorrindo e orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa

Eu devia estar contente
Por ter conseguido tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado" (Raul Seixas)


E pior é você ver no sótão do passado (que nem é tão longínquo assim. Nem tão alto assim.) a motivação que você não tem mais. O empenho que você não tem mais. A felicidade que você não tem mais. A paz que você não tem mais. Enfim. Um coletânea de pontos positivos seus que não existem mais. Ex-pontos positivos se a gramática assim me permitisse. Chega-se até a questionar a credibilidade da sua própria fé. Fé em Deus e fé nos homens. E, numa enxurrada de "piores", o pior é ver que todos os seus predicados lhe foram roubados. E como se não bastasse, sempre tem um infeliz que ainda acha que pode roubar os resquícios de predicados que ainda lhe dão algum estímulo rumo a uma mudança.

"Ah! Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro, jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco

É você olhar no espelho
Se sentir um grandessíssimo idiota
Saber que é humano, ridículo, limitado
Que só usa dez por cento de sua cabeça animal" (Raul Seixas)


Mudança. É fato: algumas coisas não mudam. Existem certas buscas que nunca serão findadas. Quem muda somos nós. Os problemas? Bah! Seriam os mesmos nos quatro cantos do universo se a Terra fosse plana. Apenas uns mais, outros menos drásticos. Ou você muda para digerir os problemas ou terá uma bela crise estomacal. Conheço-as bem.

Mas o mundo não é plano. É uma bola que gira. E rápido. Isso me consola! Nem gosto de física. Nunca gostei. Mas Newton está corretíssimo:

"Lex III Actioni contrariam semper et aequalem esse reactionem: sine corporum duorum actiones in se mutuo semper esse aequales et in partes contrarias dirigi.

(A toda ação há sempre oposta uma reação igual, ou, as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas a partes opostas.).



Tomara, num desejo malévolo e completamente equivocado segundo minha querida doutrina espírita, que as ações tenham reações bem opostas.

Desculpa, Kardec. Sou falível e imperfeita e estou num dia "daqueles".

27 setembro 2006

O MEDO CAUSADO PELA INTELIGÊNCIA

Eis aí um excelente texto para reflexão. O artigo tem mais de 25 anos. Foi escrito no extinto Jornal da Bahia, em 1979. Mas parece que foi redigido hoje. E eu não tinha nem 01 ano de idade completo.

É uma grande verdade... a cada dia que passa começo a constatar mais e mais que muitas pessoas simplesmente não suportam verem outras brilharem.

O autor é José Alberto Gueiros.

JORNAL DA BAHIA - Sábado, 23/09/79.

O MEDO CAUSADO PELA INTELIGÊNCIA

"Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estréia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembléia de vedetes políticas. O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal:

- "Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável. Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta."

E ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pode dar ao pupilo que se inicia numa carreira difícil. A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas é medíocre e tem um indisfarçável medo da inteligência. Isso na Inglaterra. Imaginem aqui no Brasil. Não é demais lembrar a famosa trova de Ruy Barbosa:

"Há tantos burros mandando
Em homens de inteligência
Que às vezes fico pensando
Que a burrice é uma Ciência".


Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições. Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes que não revelam o apetite do poder. Mas é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar. Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos.

Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do Elogio da Loucura de Erasmo de Roterdan, somos forçados a admitir que uma pessoa precisa fingir de burra se quiser vencer na vida. É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social. Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota automaticamente a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência, por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar. Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas, enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender. É um paradoxo angustiante. Infelizmente temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida.

Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues:

- "Finge-te de idiota e terás o céu e a terra".

"O problema é que os inteligentes gostam de brilhar, que Deus os proteja..."

17 setembro 2006

Homem gosta é de homem!!!

Hoje na academia, todo mundo em fim de treino, surge aquela velha polêmica: os homens estão "aviadando" e tem mulher de sobra no mercado? Após muitas risadas, sou obrigada a concordar com Mário Prata! (Risos)

Homem gosta é de homem!!!

Homem gosta de homem!
Disse, corajosamente, o cartunista Miguel Paiva (Radical Chic) na semana passada no gostoso (e gostosa) Marília Gabi Gabriela.

É preciso ter peito para fazer-se uma declaração dessa em público. E, quem tem peito, geralmente, são as mulheres.
E a Marília retrucou:
- Mulher também.
Escrevi e montei uma peça há uns anos atrás,chamada Bésame Mucho (que depois virou filme do Ramalho). Esta peça tratava justamente deste assunto. A relação de ternura entre dois homens. Da infância até a maturidade.

Antes que alguém viesse dizer que era coisa de viado, tive que inventar uma palavra para explicar a relação entre os dois personagens masculinos.

A palavra era "homoternurismo" e, para minha infelicidade, até hoje não se incorporou ao Aurélio. Mulher é bom, é ótimo, nem se discute. Mas que os homens preferem os homens, também não se discute.

Desde a infância, menino gosta de brincar com menino. Clube do Bolinha. Menina não
entra!

Na adolescência, é a mesma coisa. Temos olhos para os seios e os bumbuns da meninas, mas no meu time de futebol elas não entravam. Era rapaz de um lado e as meninas do outro.

A gente casa, ama a esposa da gente, tem filhos, mas não vê a hora de ir para o botequim tomar umas e outras com os amigos.

Os amigos do peito. Já notaram que os homens não têm amigas do peito? Têm amigas com peito.

Na hora da confidência mais confidencial,na hora do aperto, do ombro amigo, é o amigo do peito (para se chorar) que está ali. Favor não confundirem, jamais, homoternurismo com homossexualismo.

E a gente vai crescendo e vai formando o nosso time de amigos eternos, confiáveis, pau (ops!) pra toda obra.

O domingo, por exemplo, foi feito para se passar com os amigos. O jogo de futebol, os gols na televisão, a cervejinha gelada. Mas qual é a mulher que não quer ir a "um cineminha" no domingo? Devia ser proibido mulheres aos domingos, dizia um meu amigo do peito, casado.

Tudo isso que eu escrevi aí em cima, se for mesmo válido, só é válido até uma certa idade. A idade que eu estou agora. Quase cinquenta anos, cheio de amigos e sem nenhuma mulher. Talvez por pensar assim.

"Um misógino!", diriam elas.
Mas o mesmo Aurélio, que não consolidou o homoternurismo, diz que misoginia é uma "repulsa mórbida do homem ao contato sexual com as mulheres". Não é o caso.

E, outro dia, discutia isso com um velho amigo velho de 84 anos. Ele concordou, em termos, do alto de sua sabedoria de ancião. Mas fez uma ressalva. Jogou na minha cara:

- Daqui para a frente, é melhor começar a convidar mulheres para ir ao jogo de futebol. É melhor ir aprendendo a tomar caipirinha com mulheres no sábado antes da
feijoada. Já está na hora de parar de reparar apenas nos seios e nas bundinhas
da mulheres. As mulheres têm mais alma que os homens!
- E daí?, respondeu o machão aqui.
- E dai, meu filho, que você na velhice vai ficar chato, intransigente, metódico, sistemático. Aliás, já está ficando. E não tem nenhum amigo do peito nessa hora para te socorrer. Se você chegar sozinho na velhice, não conte comigo, que eu já fui embora. Quem sempre cuidou de você foram as mulheres. A começar pela sua mãe.
- Você está querendo que eu arrume uma outra mãe?
- Não, meu filho. Uma mulher. Vai por mim, mulher é muito melhor que homem. E quanto mais velhas ficam, melhor nos entendem. Ao contrário dos homens.

E pediu mais uma caipirinha, enquanto olhava o traseiro da jovem, muito jovem, garçonete. Encerrou, com o olhar distante:
- Mulher é o que há, menino! Trate logo de arrumar uma, enquanto você está vivo... E quer saber de mais uma coisa? Esse papo de homoternurismo, pra mim, é coisa de viado!

(Mário Prata)

Pois é... e eu acho que 100g de homem tá é difícil no mercado! (Risos)

12 setembro 2006

Conselhos

Conselhos
Denise Aguiar


Dona Maria era uma senhora de 92 anos, elegante, bem vestida e penteada.
Estava de mudança para uma casa de repouso pois o marido com quem vivera 70 anos, havia morrido e ela ficara só.

Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela ainda deu um lindo sorriso quando uma atendente veio dizer que seu quarto estava pronto.

A caminho da sua nova morada, a atendente ia descrevendo o minúsculo quartinho, inclusive as cortinas de chintz florido que enfeitavam a janela.

Ah! Eu adoro essas cortinas – disse ela com entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar um filhote de cachorrinho.

- Mas a senhora ainda nem viu o quarto...

Nem preciso ver – respondeu ela.

Felicidade é uma decisão que tomo todo dia quando acordo.
- E eu já decidi que vou adorar! É uma decisão que tomo todo dia quando acordo.
Sabe... Tenho duas escolhas: posso passar o dia inteiro na cama contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem... Ou posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem.
Cada dia é um presente. E enquanto meus olhos abrirem, vou focalizá-los no novo dia e também nas boas lembranças que eu guardei para esta época da vida.
A velhice é como uma conta bancária. Você só retira daquilo que você guardou.
Portanto, lhe aconselho depositar um monte de alegria e felicidade na sua Conta de Lembranças.
E como você vê, eu ainda continuo depositando.

Agora, se me permite, gostaria de lhe dar uma receita:

1.Jogue fora todos os números não essenciais para sua sobrevivência. Isso inclui idade, peso e altura. Deixe o médico se preocupar com eles. Para isso ele é pago.

2. Dê preferência aos amigos alegres. Os "baixo astral" puxam você para baixo.

3. Continue aprendendo. Aprenda mais sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa. Não deixe seu cérebro desocupado. Uma mente sem uso é a oficina do Mal.
E o nome do mal é Alzheimer.

4. Curta coisas simples.

5. Ria sempre, muito e alto. Ria até perder o fôlego.

6. Lágrimas acontecem. Agüente, sofra e siga em frente. A única pessoa que acompanha você a vida toda é VOCÊ mesmo.
Esteja VIVO enquanto você viver.

7. Esteja sempre rodeado daquilo que você gosta. Pode ser família, animais, lembranças, música, plantas, um hobby, o que for. Seu lar é o seu refúgio.

8. Aproveite sua saúde. Se for boa, preserve-a. Se estiver instável, melhore-a. Se estiver abaixo desse nível, peça ajuda.

9. Não faça viagens de remorsos. Viaje para o shopping, para a cidade vizinha, para um país estrangeiro, mas não faça viagens ao passado.

10. Diga a quem você ama, que você realmente o ama, em todas as oportunidades.

E lembre-se sempre que: A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego...

De tanto rir...
De surpresa...
De êxtase...
De felicidade!

08 setembro 2006

Renascendo o lado criança...

Meu lado criança estava desaparecido. Aliás, procura-se um lado criança, adolescente e adulto. Quem procura é o único lado que tem permanecido constantemente: o lado idoso. Ranzinza, mal humorado e impaciente. Não que todos os idosos se portem desta forma. Mas com o passar da idade física geralmente o que se quer é sossego e recolhimento. Com suas muitas exceções, lógico. E meu lado idoso é chato. Um porre. Acho que serei uma velha insuportável.

Precisava trazer de volta meu lado criança. E isto não é nada fácil. Ando intolerante. Crianças não são intolerantes. Idosos é que não suportam serem chamados com pressa, a todo momento e questionados sobre coisas óbvias como por exemplo: "Como Deus pode estar em Salvador e São Paulo ao mesmo tempo? Ele se divide em dois?". Perguntas de criança. Idosos ficam tão chatos que não suportam perguntas de criança. "Como se faz areia?". "Como se faz tijolo e porque ele tem buraquinhos?". Ontem eu fiz um esforço sobre-humano para que meu lado criança viesse e viesse com prazer. Até que foi bom.

Meu lado criança chegou jogando (jogo de tabuleiro) com meu filho. Idosos em sua maioria não sabem jogar jogos de tabuleiro. Muitas vezes nem tem mais paciência para aprender tampouco deixar a criança adversária ganhar.

Minha criança também assistiu DVD infantil e cantou com ele músicas de infância. Da infância adorada. "Lá vem o pato, pataquí, patacolá. Lá vem o pato para ver o que é que há."

A criança hi-tech sentou com o filho no colo defronte ao computador e jogamos, pintamos e imprimimos. Depois comemos pizza assistindo desenho animado. E pintamos! Ainda sei pintar de verdade. Lápis de cor, de cera, hidrocor eu ainda sei usar.

Escevi história para o meu filho com as nossas pinturas. Fizemos um livro. Um livro de histórias malucas oriundas da cabeça criativa e imaginativa de um garotinho de 06 anos.

Quanto exercício! A idosa cansou... e não quis mais brincar. Espero que a criança volte novamente qualquer hora destas. Eu, meu filho e minha casa agradecem.

06 agosto 2006

O Príncipe - Maquiavel

Come se vive a come se dovrebbe vivere.

Não poderia estar realizando uma leitura mais apropriada para este momento. Porque como se vive é muito diferente do que como se deveria viver de fato. Compreendo agora porque o estereótipo "maquiavélico". De maquiavélico ele não tem nada. Como comentou Pierre Manent, "Maquiavel seria o artífice da moralização da necessidade". O babaca neste livro para mim é Napoleão Bonaparte que, no bom popular, "se acha" ao comentar os conselhos de Maquiavel.

Descobrindo aos pouco que o mundo não é plano, deixo aqui alguns trechos da leitura. Ainda estou por terminar, mas uma coisa é certa: é impressionante como ao ver Maquiavel dar conselhos aos príncipes acredito que ele mais alertava o povo.

"(...) quem não prepara os alicerces do poder antes de alcança-lo com valor pode fazê-lo depois, embora isso represente um grande esforço para o arquiteto, e perigo para o edifício."



"(...) não pode haver boas leis onde não há bons soldados, devendo haver boas leis quando os soldados são bons (...)"



"De fato, o modo como vivemos é tão diferente daquele como deveríamos viver, que quem despreza o que se faz e se atém ao que deveria ser feito, aprenderá a maneira de se arruinar, e não a defender-se. Quem quiser praticar sempre a bondade em tudo que faz está fadado a sofrer, entre tantos que não são bons."



"Estará perdido o príncipe que tiver confiado inteiramente nas suas palavras, sem tomar outras cautelas, porque a amizade conquistada pelo dinheiro, e não pela grandeza e nobreza de espírito, não é segura - não se pode contar com ela. Os homens tem menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se faz temer, pois o amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando deixam de ser necessários, já que os homens são egoístas; mas o temor é mantido pelo medo do castigo, que nunca falha."



Leitura super recomendada. Abstraindo as leis de Murphy que me regeram esta semana.

05 agosto 2006

Do It

É difícil ser você...
É difícil ser você numa semana do cão de trabalho.

Como se nada faltasse, (afinal nada está tão ruim que não possa piorar) batem duas vezes no fundo do meu carro, dois dias consecutivos, duas noites, no mesmo horário apenas em locais distintos. Na primeira não teve nada. Aceitei o pequeno incidente e continuei meu rumo. Sendo eu mesma.

Na segunda arrumei uma esperta pra me deixar no prejuízo. Porque até quando estou com a razão sou complacente com os outros. Porque me coloco demais no lugar dos outros e acabo por deixar passar muitas coisas praticadas contra mim. Não foi a batida, o prejuízo no pára-choque. Foi eu deixar a infratora ir embora. Permitir que me ludibriasse. Ultimamente apenas me ludibriam. E eu aceito.

Ando com a sensação de que vou explodir a qualquer momento... ou implodir. Uma música escutada no carro no meio desse turbilhão retrata o momento. Ah, como eu queria conseguir praticar todas as linhas desta letra. As que são de mim para o próximo faço tão facilmente. Mas as que tenho direito, ando precisando praticar...


Do It
Lenine
Composição: Lenine/Ivan Santos

Tá cansada, senta
Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta

Se sujou, cai fora
Se dá pé, namora
Tá doendo, chora
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora

Se aperta, grite
Se tá chato, agite
Se não tem, credite
Se foi falta, apite
Se não é, imite

Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance

Se tá puto, quebre
Ta feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre

Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure

Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele
Nunca se atropele

Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
Quer dever, prometa
Pra moldar, derreta
Não se submeta


Ando precisando me submeter menos... a tudo...

30 julho 2006

Desacelere...

Considero-me uma pessoa abençoada de amigos. Não somente pela companhia que podem me ofertar ou pelas farras que podemos juntos fazer. Mas por coisas tão bacanas que conseguem passar por conhecerem muitos pedacinhos de mim e dos meus momentos. Por conhecerem as fórmulas, poções e magias a se aplicar a cada situação que passo, seja ela de alegria ou de tristeza... de felicidade ou de angústia.

Texto enviado pela minha "Miga" Mile para um daqueles momentos que ela pega "no faro". Mas que vale para todos nós pensarmos um pouco a respeito.


Desacelere...
Texto escrito por um brasileiro que vive na Europa:

"Já vai para 16 anos que estou aqui na Volvo, uma empresa sueca. Trabalhar com eles é uma convivência, no mínimo, interessante. Qualquer projeto aqui demora 2 anos para se concretizar, mesmo que a idéia seja brilhante e simples. É regra.

Então, nos processos globais, nós (brasileiros, americanos, australianos, asiáticos) ficamos aflitos por resultados imediatos, uma ansiedade generalizada. Porém, nosso senso de urgência não surte qualquer efeito neste prazo.

Os suecos discutem, discutem, fazem "n" reuniões, ponderações. E trabalham num esquema bem mais "slow down". O pior é constatar que, no final, acaba sempre dando certo no tempo deles com a maturidade da tecnologia e da necessidade: bem pouco se perde aqui.

E vejo assim:
1. O país é do tamanho de São Paulo;
2. O país tem 2 milhões de habitantes;
3. Sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (compare com Curitiba, que tem 2 milhões);
4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux, ABB, Nokia, Nobel Biocare... Nada mal, não?
5. Para ter uma idéia, a Volvo fabrica os motores propulsores para os foguetes da NASA.

Digo para os demais nestes nossos grupos globais: os suecos podem estar errados, mas são eles que pagam muitos dos nossos salários. Entretanto, vale salientar que não conheço um povo, como povo mesmo, que tenha mais cultura coletiva do que eles. Vou contar para vocês uma breve só para dar noção. A primeira vez que fui para lá, em 90, um dos colegas suecos me pegava no hotel toda manhã. Era setembro, frio, nevasca..

Chegávamos cedo na Volvo e ele estacionava o carro bem longe da porta de entrada (são 2.000 funcionários de carro). No primeiro dia não disse nada, no segundo, no terceiro... Depois, com um pouco mais de intimidade, numa manhã, perguntei:

"Você tem lugar demarcado para estacionar aqui? Notei que chegamos cedo, o estacionamento vazio e você deixa o carro lá no final." Ele me respondeu simples assim:

"É que chegamos cedo, então temos tempo de caminhar - quem chegar mais tarde já vai estar atrasado, melhor que fique mais perto da porta. Você não acha?"

Olha a minha cara! Ainda bem que tive esta na primeira. Deu para rever bastante os meus conceitos. Há um grande movimento na Europa hoje, chamado Slow Food. A Slow Food International Association - cujo símbolo é um caracol, tem sua base na Itália (o site www.slowfood.com , é muito interessante. Veja-o!).

O que o movimento Slow Food prega é que as pessoas devem comer e beber devagar, saboreando os alimentos, "curtindo" seu preparo, no convívio com a família, com amigos, sem pressa e com qualidade.

A idéia é a de se contrapor ao espírito do Fast Food e o que ele representa como estilo de vida em que o americano endeusificou.

A surpresa, porém, é que esse movimento do Slow Food está servindo de base para um movimento mais amplo chamado Slow Europe como salientou a revista Business Week numa edição européia. A base de tudo está no questionamento da "pressa" e da "loucura" gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do ter" em contraposição à qualidade de vida ou à "qualidade do ser".

Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, embora trabalhem menos horas (35 horas por semana) são mais produtivos que seus colegas americanos ou ingleses. E os alemães, que em muitas empresas instituíram uma semana de 28,8 horas de trabalho, viram sua produtividade crescer nada menos que 20%.

Essa chamada "slow atitude" está chamando a atenção até dos americanos, apologistas do "Fast" (rápido) e do "Do it now" (faça já). Portanto, essa "atitude sem-pressa" não significa fazer menos, nem ter menor produtividade. Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais "qualidade" e "produtividade" com maior perfeição, atenção aos detalhes e com menos "stress". Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do "local", presente e concreto em contraposição ao "global" - indefinido e anônimo.

Significa a retomada dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé. Significa um ambiente de trabalho menos coercitivo, mais alegre, mais "leve" e, portanto, mais produtivo onde seres humanos, felizes, fazem com prazer, o que sabem fazer de melhor.

Gostaria de que você pensasse um pouco sobre isso... Será que os velhos ditados "Devagar se vai ao longe" ou ainda "A pressa é inimiga da perfeição" não merecem novamente nossa atenção nestes tempos de desenfreada loucura? Será que nossas empresas não deveriam também pensar em programas sérios de "qualidade sem-pressa" até para aumentar a produtividade e qualidade de nossos produtos e serviços sem a necessária perda da "qualidade do ser"?

No filme "Perfume de Mulher", há uma cena inesquecível, em que um personagem cego, vivido por Al Pacino, tira uma moça para dançar e ela responde:

"Não posso, porque meu noivo vai chegar em poucos minutos." "Mas em um momento se vive uma vida" - responde ele, conduzindo-a num passo de tango.

E esta pequena cena é o momento mais bonito do filme.

Algumas pessoas vivem correndo atrás do tempo, mas parece que só alcançam quando morrem enfartados, ou algo assim.. Para outros, o tempo demora a passar; ficam ansiosos com o futuro e se esquecem de viver o presente, que é o único tempo que existe. Tempo todo mundo tem, por igual! Ninguém tem mais nem menos que 24 horas por dia. A diferença é o que cada um faz do seu tempo. Precisamos saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon:

"A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro"...

Parabéns por ter lido até o final!

Muitos não lerão esta mensagem até o final, porque não podem "perder" o seu tempo neste mundo globalizado. Pense e reflita, até que ponto vale a pena deixar de curtir sua família. De ficar com a pessoa amada, ir pescar no fim de semana ou outras coisas... Poderá ser tarde demais!

Saber aprender para sobreviver... Repasse aos seus amigos, se tiver tempo."


E foi pensando neste texto, Miga, que tracei meu final de semana. Muito obrigada!

27 julho 2006

"Pára o mundo que eu quero descer!" (By Luciana Lins)

Essa foi a frase da noite! he he he he!!! E tem horas que a gente tem vontade de gritar isso bem alto mesmo! O que nos segura e nos faz não descompensar, são boas amigas e um bom barzinho pra "desopilar"!

O tão enrolado e tão esperado encontro da burguesia saiu! Com a burguesia meio desfalcada, mas saiu!



Uma questão universal é a posição das minhas fotos com Miga... sempre a mesma! Um dos mistérios da humanidade!



Amiga, Rê, Burguesa do Marketing, você anda levando Marketing muito à sério! Esse cabelo a lá novela Rebeldes do SBT está o fim... desculpa, amiga, eu sou sincera! hauhauhauhahauhau



Para as burguesas furonas... só lamento.com.br!!!

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26 julho 2006

Dar não é Fazer Amor

Finalmente um texto que explica a minha "queixa" declarada aqui anteriormente. Um texto objetivo e lindo. Como disse minha amiga Mile, "Amiga esse merece um POST". Merece mesmo, miga...

Dar não é Fazer Amor.
(Autor Desconhecido)

Dar é Dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.

Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Chama-te de nomes que eu não escreveria.
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais.

Dar é bom. Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar...
Sem querer apresentar pra mãe...
Sem querer dar o primeiro abraço de Ano Novo.

Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral.
Te amolece o gingado...
Te molha o instinto.

Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der pra ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.

Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.
Dar é bom na hora. Durante um mês. Para os mais desavisados, talvez anos.

Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.

É não ganhar um "eu te amo" baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, pra apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra
falar: "Que que cê acha, amor?"

É não ter companhia garantida pra viajar.
É não ter pra quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...
É não ter alguém pra ouvir seus dengos...
Mas dar é inevitável...

Dê mesmo, dê sempre, dê muito...
Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor!


23 julho 2006

Universo ao Meu Redor

Cd para ouvir, ouvir de novo, reouvir, ouvir novamente... gostar de uma faixa e dar repeat, repeat, repeat...

Que trabalho delicioso de Marisa... uma audácia lançar este CD junto ao "Infinito Particular", bom também, mas "Universo ao Meu Redor" caiu nas minhas graças...

No meu caso, música é reflexo da alma, do momento... talvez um dia eu entre no "Infinito Particular"... mas no momento ando realmente observando o "Universo ao meu Redor". E essas são minhas músicas de repeat:


Três Letrinhas
Marisa Monte
Composição: Moraes Moreira / Galvão

Sim, são três letrinhas
Todas bonitinhas
Fáceis de dizer
Ditas por você
Nesse seu sim, assim

Outras três também
Representam não
Que não fica bem no seu coração

Sim, são três letrinhas
Todas bonitinhas
Fáceis de dizer
Ditas por você
Nesse seu sim, assim

Outras três também
Representam não
Que não fica bem no seu coração

É minha canção resto de oração
Que fugiu da igreja
Não quis mais do vinho
Foi tomar cerveja
Voltou ao jardim

E tá esperando gente
Que só disse sim

E tá esperando gente
Que só disse sim

E tá esperando gente
Que só disse sim



Vai Saber?
Marisa Monte
Composição: Adriana Calcanhotto

Não vá pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber

Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer

Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de mudar
E pode aparecer onde ninguém ousaria supor

Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não tenha do que duvidar
Pensando bem, pode mesmo
Chegar a se arrepender
E pode ser então que seja tarde demais
Vai saber?

Não vá pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber

Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer

Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de se dar
E pode aparecer onde ninguém ousaria se pôr

Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não tenha o que considerar
Pensando bem, pode mesmo
Chegar a se arrepender
E pode ser então que seja tarde demais

Vai saber?
Vai saber?
Vai saber?

Não vá pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber

Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer

Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de jogar
E pode aparecer onde ninguém ousaria supor

Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não venha a reconsiderar
Pensando bem, pode mesmo
Chegar a se arrepender
E pode ser então que seja tarde demais

19 julho 2006

A noite merece um esboço de poema... ou seria prosa?

Eu sou...

Ansiosa...
Apressada...
Muitas vezes insegura...

Mas tenho um jeito só meu de ser com toda ansiedade, toda pressa e toda insegurança...

Tenho um coração bom e um grande defeito... acreditar que os corações ao meu redor são tão bondosos quanto o meu... chama-se isso também de ingenuidade... que ora poder ser bom, ora pode ser muito ruim...

Mas a cada ato bom e falho do meu coração sincero e honesto, descubro que necessito continuar sincera e honesta... ser eu mesma - estouvada, apressada, ansiosa, intensa - coloca-me em problemas mas também me tira deles na maioria das vezes... 08 ou 80.

Resta-me apenas aperfeiçoar as dosagens de ansiedade, pressa e insegurança que correm na veia... não as eliminar... um pouco de ansiedade faz o coração bater mais rápido e coloca borboletas no estômago... uma pitada de pressa energiza nossa coragem e promove mudanças ágeis... um pouco de insegurança nos faz humildes...

Assim sou eu... e assim serei... não existem fórmulas... eu sou a fórmula...

18 julho 2006

Eu não sou ET

Você é simpática, extrovertida, sorridente e super popular. Certo. Algum problema até aí? A priori, não.

Mas por causa disso as pessoas acham que você é 100% feliz o tempo inteiro? Que você não possui carências e desejos como todo ser humano normal? "Que nada! Ela é super bem resolvida e quer é curtir a vida!". Alto lá! Em partes!

Tenho problemas de trabalho, de família. Como mulher sinto solidão e quero companhia, quero amar e ser amada! Eu não sou um alienígena. Mulher Maravilha dos músculos de aço.

O que não concordo é me fazer de vítima das minhas próprias necessidades. Um dia vou estar triste e acredite: todos vão notar. Um dia vou estar irritada e novamente creia: todos vão notar. Apesar de não aparentar, minha face é o retrato fiel da minha alma. O detalhe é que busco sempre alegrar minha alma e a enfeitar de flores. Sorrir suaviza as dores, as angústias. Para que as pessoas vejam que sou comum tenho que ficar de cara amoada chorando pelos cantos diariamente? Nem eu me suportaria assim!

Mas eu choro, tenho dor de cabeça, dor de barriga. Surto, tenho psicose de estar gorda e feia. Tenho crises financeiras e de nervos. Amo e odeio. Fico alegre e possessa de raiva.

Pasmem: EU SOU NORMAL! E lamento: Se eu tiver que deixar de ser esta garota serelepe para as pessoas notarem isso, vou virar hippie e morar no Capão. Aliás... já devia ter feito isso a algum tempo...