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08 julho 2006

Heróis de Verdade

Mais uma leitura recomendada: Heróis de Verdade de Roberto Shinyashiki.

Para a "turma do contra" aos livros de auto-ajuda (nem gosto desta classificação, mas...), dou logo meu recado baseada no próprio teor do livro. "Muitas pessoas lêem um livro como este em um estado mental em que se sentem maravilhosas, e então a vida delas pouco muda. Como é ler alguma coisa a partir do ego? É pensar apenas nos outros e não mergulhar em uma análise mais profunda de si mesmo. É aquela mania de pensar:
- Minha mãe deveria ler isso aqui.
- Meu irmão é desse jeito.
É sinal de arrogância analisar só os outros e não refletir sobre si mesmo. Isso geralmente significa posar de semideus: eu sou maravilhoso, o outro é que tem que mudar!"

Ou seja, completo as palavras de Shinyshiki por constatar muitas vezes pessoas criticando livros de auto-ajuda como se o autor tivesse encontrado uma forma fácil de ganhar dinheiro. Discordo. Um escritor como este sobre o qual tenho lido fragmentos de idéias relatados em alguns posts anteriores que já escrevi (clique aqui e aqui) deu tanto duro para ser o que é quanto nós. Estamos falando de um psiquiatra, que fez faculdade como nós, que trabalhou assalariado como nós, mas que, pela própria profissão, consegue enxergar o que todos tentamos disfarçar: nossa essência e o que realmente somos. E mais. Um autor que não se faz do ser humano mais equilibrado do mundo. Relata suas fraquezas e declara também estar na caminhada de crescimento.

Ele começa o livro mostrando que ter sucesso, dinheiro e/ou ser celebridade não necessariamente é garantia de felicidade e plenitude pessoal. Demonstra pessoas famosas como Michael Jackson na sua luta para parecer o que não é, nos deixando na dúvida se sua despigmentação de pele é de fato uma doença ou sequelas de uma sucessão de cirurgias plásticas para "embranquecer". Jimi Hendrix, Jim Morrison, Brian Jones, Janis Joplin, vítimas de depressão. Pessoas destas deveriam ter depressão? Kurt Cobain e Marilyn Monroe, um com o sucesso do Nirvana e a outra sendo a mulher mais cobiçada do mundo: suicidaram-se. Um amontoado de dores escondidas em um mundo de aparências.

No livro, então, ele tenta mostrar que se pode viver sendo o que realmente somos e não o que os outros gostariam que fóssemos. "Sempre que ouvir as opiniões dos outros sobre você, lembre-se de que são apenas a manifestação das idéias deles."

Ou seja, acredito em livros deste tipo. Pois como ele mesmo diz, "todos nós temos necessidades de segurança, de aceitação e de admiração. Isso é natural e normal. Todos nós precisamos saber que temos um lugar onde morar, uma estrtura para viver e algum dinheiro no banco para nossos projetos ou para alguma emergência. Todos nós precisamos nos sentir amados pelas pessoas importantes em nossa vida. Assim como todos nós precisamos nos sentir admirados pelas pessoas queridas.". Ou seja. Seja celebridade, executivo, classe média, classe pobre, todo ser humano possui estas necessidades. E diz mais:

"O drama é que nada que vem de fora será capaz de saciar essas necessidades.
Nenhum dinheiro no mundo tornará você uma pessoa mais segura.
Nenhum amor do mundo fará você se sentir mais amado.
Nenhum aplauso lhe trará mais admiração."



... se você não ser tornar um Herói de Verdade. Uma pessoa comum que vive sua essência.

Recomendadíssimo!

P.S. Paulinho, obrigada pelo livro. Você não tem noção de quanto um empréstimo deste pode ser valioso! Melhor que emprestar dinheiro a juros! (ou o correto seria, "melhor que gastar todas as suas economias e comprar um carro da Ford financiado"?)(Risos)

2 comentários:

Danilo Freitas da Costa disse...

alow..
bom.. serei um pouco crítico..
Existem alguns textos de Roberto que não são tão apelativos e tem uma leitura agradável..
No entanto, na sua maioria, ele usa uma forte apelo de auto-ajuda que acho bizarro. Não gosto de pessoas que fazem fama em cima da desgraça alheia.. E os escritores de auto-ajuda fazem parte desse covil..
Além disso, já tive a oportunidade de ter acesso a Roberto e não achei ele a pessoa que aparenta ser em seus livros.
É isso.. sei que sou chato.. mas, solamento!

bjos

Mônica Góes disse...

Dan, concordo com você: você é chato! hahahahahahahahah

Quanto a ser diferente do parecer, é uma lástima, mas estamos cercados de pessoas assim... fazer o que?

Bom... apreciemos pelo conteúdo. ;)