Precisava trazer de volta meu lado criança. E isto não é nada fácil. Ando intolerante. Crianças não são intolerantes. Idosos é que não suportam serem chamados com pressa, a todo momento e questionados sobre coisas óbvias como por exemplo: "Como Deus pode estar em Salvador e São Paulo ao mesmo tempo? Ele se divide em dois?". Perguntas de criança. Idosos ficam tão chatos que não suportam perguntas de criança. "Como se faz areia?". "Como se faz tijolo e porque ele tem buraquinhos?". Ontem eu fiz um esforço sobre-humano para que meu lado criança viesse e viesse com prazer. Até que foi bom.
Meu lado criança chegou jogando (jogo de tabuleiro) com meu filho. Idosos em sua maioria não sabem jogar jogos de tabuleiro. Muitas vezes nem tem mais paciência para aprender tampouco deixar a criança adversária ganhar.
Minha criança também assistiu DVD infantil e cantou com ele músicas de infância. Da infância adorada. "Lá vem o pato, pataquí, patacolá. Lá vem o pato para ver o que é que há."
A criança hi-tech sentou com o filho no colo defronte ao computador e jogamos, pintamos e imprimimos. Depois comemos pizza assistindo desenho animado. E pintamos! Ainda sei pintar de verdade. Lápis de cor, de cera, hidrocor eu ainda sei usar.
Escevi história para o meu filho com as nossas pinturas. Fizemos um livro. Um livro de histórias malucas oriundas da cabeça criativa e imaginativa de um garotinho de 06 anos.
Quanto exercício! A idosa cansou... e não quis mais brincar. Espero que a criança volte novamente qualquer hora destas. Eu, meu filho e minha casa agradecem.
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